sábado, 29 de novembro de 2008

Os modismos sobre rodas

Não sei porque, hoje acordei às 4h30, achando que havia dormido demais. Liguei o computador e fui dar uma fuçada na Audiolist, que aliás é um dos sites que mais frequento na internet, e deveria ser obrigatório para qualquer pessoa ligada ao áudio.
Poucas postagens além daquelas que eu já tinha lido (antes de dormir), e migrei para o Orkut - para quem jurou que nunca mais teria um conta lá, até que ando frequentando muito essa página.
Em clima de "não ter o que fazer" começei correr comunidades, e numa da Studio R vi um tópico que alguém abriu sobre som automotivo. Na verdade, questionavam a empresa sobre a possibilidade de fabricaram amplificadores automotivos. Mas isso é outra história.
Vendo alguns relatos, por instantes voltou à minha memória algo que já vi nos meus 21 anos trabalhado com sonorização profissional. Comecei a lembrar dos modismos que se passaram em se tratando de som automotivo.
Mas minha memória vai além, quando tinha 07 anos, em 1983, meu pai apareceu com um Chevete 0 km e um amplificador/equalizador Tojo GR 250. Oh, maravilhoso, que qualidade, alto falantes coaxiais Novik de 500 gramas (só lembro dessa especificação). Que som!
Depois disso muita coisa aconteceu, e em meados de 1988, 1989 comecei ver aqui na minha cidade (interior de São Paulo) os primeiros carros com grandes quantidades de tweeters, a febre dos Piezo Leson chegou por aqui. O mínimo que colocavam eram 10, mas cheguei a ver uma Brasília (que não era amarela, e sim verde) com 40 "lesonzinho", como chamavam.
Aqui pelo menos estava lançada a febre do agudo. por onde se passava só se ouvia os tsí tsí tsí dos carros. Tinha um amigo que dizia "lá vem a cascavel", em alusão ao barulho do guiso da cobra cascavel.
Não sei até quando essa moda durou, mas depois disso vieram os "meia nove oito oito". Todo mundo queria alto falantes Pioneer meia nove, que ainda insisto em chamá-los de 6x9 (seis por nove), Foi febre também, todo mundo queria, cone duro (polipropileno), borda de espuma, era o sonho de todos os aficcionados por carros. Não vou negar que tive um par no meu Monza.
Daí chegou os subs, com módulos Aquários, Falcon, Corzus e Banda. Quem tinha um módulo desses estava bonito na fita. Enchia-se o porta-malas com vários alto falantes de grande diâmetro e "socava a coisa". Era competição pra ver qual carro distorcia....quer dizer....tocava mais alto. O legal da hitória é que esses carros iam embora por último, pra ninguém ver a galera empurrando, pois a bateria não dava conta.
Mas vou encurtar a coisa. Atualmente tenho visto o pessoal usando a abusando dos drivers e cornetas, e isso não é só aqui. Acho que descobriram que som "vai longe", e estão enchendo seus carros, camionetas e até mesmo bicicletas com esses transdutores de diafragma fenólico com resposta na faixa dos 500 hz a 5 khz. D 250 da Selenium é requisito básico para isso.
Como vocês já devem ter percebido, é algo insuportável, e quanto mais insuportável, mais "moral" para o dono da parafernalha. Maior moral ainda quando liga o aparato e um monte de machos ficam dançando músicas como créu, dança da bundinha, entre outras na frente. Daí a coisa está completa.
Para finalizar esse (longo) texto, fico pensando. Qual será a próxima moda em som automotivo? Oxalá que seja montar um cd player ou qualquer outra fonte de sinal com um kit original, primando pela qualidade em vez de intensidade. Se essa moda chegar, coisa que duvido, eu já estou na moda antecipadamente.

Valeu galera!

Boas vindas

Olá amigos! Criei esse blog para postarmos artigos relacionados ao áudio. Não tenho intenção de debater ou mesmo criar discussões sobre assuntos técnicos, pois como o nome já diz, aqui trataremos o áudio de forma descontraída, como um bate papo.